Por Marcos Relvas em 04/03/2015 | Direito Tributário | Comentários: 0
Foi publicado na semana passada no jornal O Estado de São Paulo uma entrevista com Cláudia Gonçalves, que é consultora especialista em carreiras, onde afirma que cursos específicos já são tendência mundial.
Seu foco de análise é na área de administração de empresas, contudo penso ser possível estender essa análise para praticamente todas as áreas do conhecimento.
Até as grandes universidades estão mudando seus tradicionais cursos, que em geral abrangem tudo ou grande parte daquela carreira, para modelos que focam a área que a pessoa tem interesse, conhecimento prévio, trabalha ou quer trabalhar.
Penso que isso além de despertar maior motivação para o estudante, vai oferecer a ele instrumentos diretos para alavancagem de sua carreira na prática e não apenas um título para enriquecer o curriculum, o que nem sempre representa resultado imediato para seus objetivos.
Outra vantagem que ela aponta é que em geral esses cursos acabam saindo mais baratos e eu acrescentaria que reduzem muito o tempo de estudo para sua aplicação.
Cláudia entende que não se trata de modismo e sim uma tendência que veio para ficar, porque esses cursos vão dar uma visão de como tratar o negócio em que o estudante está inserido pelo olhar da própria atividade que ele já trabalha ou quer trabalhar, fazendo com que possa subir na carreira de forma mais eficiente e rápida.
Associado a essa entrevista e já trazendo para a nossa realidade no campo jurídico, entendo que o nosso curso das Grandes Teses Tributárias dentro do Programa Direito Tributário para Profissionais vem exatamente ao encontro dessa tendência de um modo geral. E nesse ano em especial, em razão das notícias que circulam em todos os jornais relativa ao ajuste fiscal do governo federal que envolve um aumento da carga tributária dos atuais 37% para cerca de 38,5% no bolso dos contribuintes.
Esse é um aumento muito expressivo e vai afetar o setor produtivo em cheio desde as grandes empresas até os microempresários segundo noticiado também no mesmo jornal uma matéria sobre o assunto.
Dessa forma, qualquer medida que possamos levar para os empresários que possam reduzir esse impacto com a interrupção de pagamento de tributos indevidos ou a maior e restituição do que foi pago nos últimos 5 anos pode ser, em muitos casos, uma verdadeira saída para que a empresa não venha a correr riscos de redução de investimentos, perda de mercado e muitas vezes até de encerramento de suas atividades.
Essa composição de notícias que li, me deixa mais confiante de que estamos no caminho certo. Levando para o máximo possível de colegas advogados tributaristas conhecimento, capaz de transformar sua carreira e ainda ajudar de forma cidadã empresas a enfrentarem toda essa onda de dificuldades que esse ano vem acenando.
As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Ibijus
Sobre o autor
Possui graduação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUCC (1984) e mestrado em Direito pela Universidade de Franca - UNIFRAN (2004). Possui MBA em Gestão Empresarial pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS (2004). Publicou o livro Comércio Eletrônico Aspectos Contratuais da Relação de Consumo - Editora Jurua (2005). Foi Coordenador da pós-graduação em Direito da Universidade de Cuiabá - UNIC e Professor de Direito na graduação na Faculdade Afirmativo de Cuiabá e Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT. Foi Coordenador da pós-graduação geral da Faculdade Cathedral de Barra do Garças-MT e Professor de Direito na graduação. Tem experiência como advogado nas áreas do Direito Empresarial, Tributário e Direito Internacional Privado. Atualmente é consultor jurídico independente e presidente da Associação Brasileira de Contribuintes.