Por Marcos Relvas em 04/07/2018 | Direito Tributário | Comentários: 0
Anna Paula Cavalcante G Figueiredo
Olá caríssimos, um bom dia!
Seguindo a série de artigos que trata de perguntas frequentes em aulas e contatos, hoje falarei um pouco sobre o receio que muitos colegas possuem de trabalhar com teses tributárias por desconhecer as minúcias de cálculos contábeis que necessitam ser realizados.
O primeiro ponto que eu quero te chamar a atenção é muito simples, mas, por vezes, no afã de fecharmos contratos com nossos clientes acabamos negligenciando. O advogado é um profissional qualificado e apto para entregar ao seu cliente o direito em forma de uma sentença. Esse deve ser o seu compromisso: a defesa das questões jurídicas envolvidas na demanda.
O advogado, por formação, não possui expertise para realizar cálculos contábeis. Então, desde o início, deve-se ter a consciência que o trabalho com teses tributárias poderá exigir a parceria com contadores, sobretudo nos casos que envolvam restituições mais volumosas de tributos, ou que necessitem de cálculos mais elaborados.
Mais uma vez eu vou repetir algo que sempre falo nas aulas e com os colegas que me questionam sobre isso: um bom advogado tributarista não precisa também ser contador. O que é preciso é saber fechar bons contratos e formar parcerias com profissionais contábeis de gabarito, que estejam em busca de advogados atuantes na matéria de restituição de tributos.
E, amigos, acreditem: muitos são os profissionais que buscam essas parcerias. Não raro encontro nos cursos que ministro com colegas contadores, ou mesmo administradores, que buscam conhecimento sobre a matéria de restituição de tributos, bem como ampliar networking com os advogados colegas de curso, a fim de firmar futuras parcerias de sucesso.
E aqui quero chamar a sua atenção para mais uma questão muito colocada pelos alunos nas minhas aulas ou palestras. Muitos me questionam o que fazer após conversar com um contador de confiança e o profissional não se mostrar confortável com a realização dos cálculos envolvidos no trabalho com teses tributárias. O que o advogado deve fazer? Deve ele mesmo buscar o conhecimento sobre esses cálculos para repassar ao seu contador?
Novamente caríssimo, eu chamo a sua atenção para o fato de que em uma parceria de sucesso cada profissional envolvido deve assumir o seu papel de forma responsável e integral.
Veja bem: se você como advogado tem buscado atualizar-se e aprender as minúcias do trabalho com a restituição de tributos, o contador que pretende uma parceria nessa área deve fazer o mesmo. O profissional contábil deverá buscar entre os seus pares atualizar-se e qualificar-se para desenvolver o seu trabalho com as teses tributárias. É entre seus pares que o contador deverá buscar conhecimentos que o permitam desenvolver seu trabalho com excelência.
E aqui, eu tenho uma dica para você: porque não aproveitar os contatos que realizamos em nossos cursos? Como eu disse, é comum encontrar nos cursos e palestras que ministro colegas contadores e administradores que buscam parcerias com advogados que trabalham com a restituição de tributos.
Esses colegas, decerto, são excelentes contatos a serem mantidos: você pode realizar parcerias diretas com eles ou mesmo colocá-los em contato com o seu contador de confiança, para que possam trabalhar dentro da área contábil de forma plena e firmar parcerias entre eles.
Então amigos, mãos à obra! Acredite que você está realizando o seu trabalho de forma exemplar! E para coroar todo o seu esforço, uma boa parceria com com profissional contábil é bastante interessante! Se você já tem um contador parceiro que não possui conhecimentos no trabalho de restituição de tributos, incentive-o a buscar seus pares e atualizar-se sobre o tema, tal qual você está fazendo em sede de conhecimentos jurídicos.
Bom trabalho a todos e até a nossa próxima reflexão.
As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Ibijus
Sobre o autor
Possui graduação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUCC (1984) e mestrado em Direito pela Universidade de Franca - UNIFRAN (2004). Possui MBA em Gestão Empresarial pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS (2004). Publicou o livro Comércio Eletrônico Aspectos Contratuais da Relação de Consumo - Editora Jurua (2005). Foi Coordenador da pós-graduação em Direito da Universidade de Cuiabá - UNIC e Professor de Direito na graduação na Faculdade Afirmativo de Cuiabá e Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT. Foi Coordenador da pós-graduação geral da Faculdade Cathedral de Barra do Garças-MT e Professor de Direito na graduação. Tem experiência como advogado nas áreas do Direito Empresarial, Tributário e Direito Internacional Privado. Atualmente é consultor jurídico independente e presidente da Associação Brasileira de Contribuintes.